Hollow Knight: Silksong é, sem dúvida, um dos grandes lançamentos do ano. Com direção artística impecável, trilha sonora envolvente e uma jogabilidade refinada, o jogo da Team Cherry reafirma seu lugar entre os melhores metroidvanias da geração. Mas mesmo obras-primas têm seus tropeços — e Silksong apresenta três pontos que merecem atenção.
🪑 1. Bancos distantes e respawns frustrantes
Os bancos funcionam como pontos de descanso e respawn, mas em várias áreas do jogo — especialmente em lutas contra chefes ou hordas — eles estão posicionados longe demais. Isso obriga o jogador a refazer longos trajetos após cada derrota, muitas vezes sem conseguir recuperar vida ou recursos suficientes para uma nova tentativa digna. O resultado? Frustração desnecessária e quebra de ritmo.
🧟 2. Dificuldade artificial com minions extras
Alguns chefes vêm acompanhados de inimigos menores que tornam a batalha caótica e desbalanceada. Em vez de focar na leitura de padrões e construção de estratégias — como é tradição na franquia — o jogador se vê sobrecarregado por múltiplas ameaças simultâneas. Isso tira o brilho da luta principal e transforma momentos épicos em testes de paciência.
💰 3. Economia desequilibrada
A coleta de dinheiro e cascas, essenciais para explorar o mapa e usar ferramentas, exige um nível de farming que compromete a fluidez da progressão. Muitos inimigos não dropam recursos, e os custos para descansar ou comprar mapas são altos. Sem cascas, a exploração se torna mais difícil e menos intuitiva, forçando o jogador a interromper a aventura para acumular recursos.
Apesar desses problemas, Silksong continua sendo uma obra de arte. Os defeitos não apagam sua genialidade — mas apontá-los é essencial para que a experiência seja ainda mais memorável. Afinal, até os melhores jogos têm espaço para evolução.
