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Nintendo registra patente que pode prejudicar centenas de jogos

A Nintendo conseguiu nos Estados Unidos uma patente que pode dar dor de cabeça para muitos desenvolvedores de games. Ela cobre uma mecânica super comum: invocar um personagem para lutar por você, algo presente em jogos como Pokémon, Diablo, World of Warcraft e até Elden Ring.

Essa patente, aprovada sem grandes obstáculos, descreve situações em que o jogador chama um aliado (como um monstro, pet ou espírito) para enfrentar inimigos. O problema? Essa ideia já existe há décadas em vários jogos, e agora a Nintendo pode alegar que outros títulos estão “copiando” essa função.

Embora o foco atual seja o jogo Palworld, que já enfrenta processos no Japão, essa patente pode abrir espaço para ações legais contra muitos outros RPGs e MMOs.

Mesmo títulos que parecem não ter nenhuma relação com Pokémon, como League of Legends, também poderiam ser afetados. Apesar de ser um MOBA com dinâmica completamente diferente, o jogo possui campeões que invocam criaturas ou entidades para lutar ao seu lado — uma mecânica que, curiosamente, se encaixa na descrição da patente registrada pela Nintendo.

Mesmo que a Nintendo não processe ninguém diretamente, só o fato de ter essa patente pode intimidar estúdios menores e limitar a criatividade no desenvolvimento de novos jogos.

Opinião

A decisão da Nintendo de patentear uma mecânica tão comum levanta um alerta importante: se a prática de registrar ideias básicas de gameplay se tornar tendência, o impacto pode ser devastador para a criatividade na indústria dos games.

Ao longo das décadas, os jogos evoluíram justamente porque desenvolvedores puderam reproduzir, adaptar e aperfeiçoar mecânicas já existentes. Foi essa liberdade que permitiu que gêneros inteiros surgissem, se reinventassem e se tornassem mais profundos e acessíveis.

Patentes como essa não protegem apenas uma inovação — elas podem limitar o progresso coletivo, criando barreiras para estúdios menores e sufocando a experimentação que sempre foi o coração dos games.

A comunidade gamer precisa estar atenta. Porque quando o direito de criar começa a ser restringido por quem chegou primeiro, o jogo deixa de ser sobre diversão — e passa a ser sobre controle.

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